As mudanças do Horário de verão não significa apenas ter menos tempo para aproveitar a noite.
O corpo realmente demora um pouquinho para se adaptar.
O relógio interno, acostumado com o dia de 24 horas, estranha quando ele tem apenas 23h.
Isso porque o organismo tem um relógio biológico natural e, com a rotina, se acostuma a acordar naturalmente ou se preparar para dormir em determinado momento do dia. Quando o horário de verão chega, uma hora dessa rotina é “deslocada” e o organismo demora um pouco a perceber.
“O horário de verão mexe com o relógio do nosso organismo – o que chamamos de ritmo circadiano. Com isso, é muito comum o indivíduo ter maior irritabilidade, cansaço e, em alguns casos, até mesmo insônia”, explica Roberto Cairalla, diretor clínico do Hospital Sírio-Libanês de Itatiba.
Na verdade, essa “horinha” a menos não acarreta maiores problemas ao corpo. “Em mais ou menos uma semana ele já se adapta. Uma hora é pouco para o corpo sentir alguma diferença que traga grandes danos”, esclarece o especialista.
O problema seria maior se a alteração também fosse. Quando isso acontece – o famoso “jet lag”, comum em viagens com destinos de fusos diferentes -, o organismo fica “louco” e até os hormônios se alteram.
Infelizmente, não há uma receita ideal para que o corpo possa se adaptar rapidamente com o novo horário. “Ter uma alimentação mais leve ou fazer exercícios físicos com certeza ajudam, mas ainda assim o corpo sofre com as alterações. Não há uma formula mágica”, enfatiza Roberto, que também é cardiologista. O jeito mesmo é esperar o corpo se adaptar, sem perder o pique.
Para saber mais
– O horário de verão tem início no terceiro domingo de outubro e termina no segundo domingo de fevereiro, exceto quando esse dia cai no Carnaval. Quando isso acontece, prolonga-se o horário por mais uma semana, tendo seu término no terceiro domingo de fevereiro.
– Ele só abrange a região Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Isso porque as regiões próximas à linha do Equador sofrem mudanças bem sutis na incidência do Sol, então não teria porque se adaptarem ao horário, criado para economizar energia.
– O governo federal estima que a economia de energia chegará a 5% nos horários de pico de consumo.
– As regiões que não possuem o horário de verão sofrem apenas com as programações da televisão, que costumam adaptar o seu horário para igualar com o de Brasília. Terra, Por Tissiane Vicentin (MBPress)
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