Intercâmbio mais acessível para estudar no exterior

O mundo é outro para a estudante Ana Helena Martins de Araújo desde que ela foi estudar francês no Canadá.

“Eu imaginava que o mundo que existia era só minha casa, minha escola e os lugares onde eu frequentava. Quando eu viajei, eu olhei para janela do avião e falei: ‘gente, existe muito mais!’”.

Morar fora do Brasil era para poucos quando a mãe de Helena era adolescente. Foi uma surpresa saber que podia pagar a viagem da filha.

O curso foi parcelado em três vezes e a passagem em dez vezes. “Nosso planejamento foi com oito meses de antecedência. Na verdade, a gente parcelou o pacote da viagem e eu planejei que para que quando ela embarcasse já tivesse com a viagem paga”, conta Elizabeth Martins de Araújo, dentista.

Segundo o consultor Fábio Carola, há dois anos que o público da agência de viagens mudou. “Hoje em dia é possível pagar um intercâmbio em 10 vezes sem juros ou em até mais vezes, com juros bem pequenos”.
Intercâmbio deixou de ser um sonho impossível para muita gente. A economia do Brasil está mais forte, Europa e Estados Unidos estão em crise, isso deixou alguns destinos mais próximos dos estudantes brasileiros. Para viajar com tranqüilidade precisa antes se planejar.

Comece a guardar dólares um ano antes; planeje-se para chegar no verão, para não ter que gastar com roupas; morar em casa de família é bem mais barato que um quarto individual e inclui café da manhã e jantar; documentação pode levar tempo, corra atrás de passaporte e visto; escolha um país onde o estrangeiro possa trabalhar.
“Procure uma escola adequada ao seu bolso, uma acomodação adequada ao seu bolso. O importante é adequar a viagem à sua realidade”, explica Fred Chiserolli, diretor da Associação Brasileira de Cursos no Exterior.

A cidade de Dublin, na Irlanda é uma das mais procuradas porque não exige visto. Lá, estudantes matriculados em curso de mais de 25 semanas podem trabalhar legalmente.
Leidiane da Silva vai passar um ano lá. Embarca em maio do ano que vem e já esta com a viagem paga. “Na minha família eu fui a única que fiz faculdade entre meus irmãos. Então quando eu falei que iria morar fora, ninguém acreditava. Qualquer um pode ir. É só ter força de vontade e planejar tudo direitinho”.

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