O iPad substitui o notebook?

http://teteraconsultoria.com.br/infoescravo/arquivos/2010/12/ipad-esta-aqui.pngTalvez.

O fato é que com planejamento, bons periféricos e alguns aplicativos úteis é possível deixar o “pesado” laptop em casa e trabalhar com o tablet da Apple onde for.

Já pensou deixar o pesado notebook em casa e fetuar todas as tarefas corporativas em um fino iPad, em viagens de negócios?

Sim, isso é possível. Mas é preciso planejamento, adquirir alguns componentes, utilizar serviços de cloud computing e aplicativos especiais.

Com os aplicativos móveis mais sofisticados e os serviços em nuvem deixando o armazenamento e acesso aos dados mais simples, necessitando somente do acesso à Internet, o iPad passa a ser um forte concorrente do laptop. De fato, o enorme crescimento do tablet nas empresas faz algumas pessoas imaginarem se o dispositivo da Apple pode ou não substituir os laptops no futuro.

Vale destacar que determinadas pessoas ainda precisam de softwares pesados rodando em laptops poderosíssimos, livres dos limites da computação em nuvem. Sendo assim, caso seja um usuário que trabalha com esses programas que processam grandes quantidades de informações ou exigem trocas imensas de dados em cache, este artigo não será de grande ajuda.

Porém, para o resto dos mortais, é possível trabalhar com o iPad, pelo menos por um bom tempo. Há maneiras de contornar as limitações do tablet e trabalhar com a ideia de que qualquer coisa que queira fazer, consegue efetuá-la no iPad.

Veja algumas dicas:

[spoiler]1. Escolha o Hardware correto
Para iniciantes, é preciso um bom case para que o iPad suporte diversas condições de trabalho. A capa deve ser fina e leve para manter o perfil mais delicado do tablet, caso contrário, leve o notebook, certo?

É muito importante que o case forneça algum tipo de apoio ao iPad para que ele tenha diversos ângulos. Muitas capas possuem somente um único ângulo, o que pode se tornar um problema quando a iluminação da sala ofusca a tela do aparelho e não é possível ajustar para outra posição. Isso também não funciona muito bem, por exemplo, em um avião, quando a pessoa sentada à frente deita a cadeira para trás. Um produto recomendado é o foldIO da Scosche (50 dólares), que possui muitas posições disponíveis, incluindo uma que melhora a digitação no teclado virtual.

Isso nos leva a outro item de hardware: um teclado físico, visto que muitas pessoas digitam mais rápido nesse tipo de acessório  do que na versão virtual. Caso precise editar ou criar conteúdo na estrada – mais do que um e-mail ou uma anotação – um teclado físico é uma boa pedida.

Alguns cases possuem teclados integrados, mas geralmente são menores, para caber na largura do case. Não se sinta constrangido em adquirir um teclado Wireless da Apple, que é do mesmo tamanho que o teclado do MacBook. O teclado sem fio da Apple, que funciona com duas pilhas AA, não é conectado ao iPad ou ao case, e pode ser ajustado de acordo com a distância e ângulo do tablet.

Mas o teclado wireless da Apple possui três pontos negativos. Primeiro, não é possível digitar com o teclado no colo, porque o usuário também estará segurando o iPad; nessa situação, é necessário utilizar o teclado virtual. Em seguida, o outro problema é que o teclado não vem com um case protetor para transporte.

Por fim, o botão para ligar o periférico com frequência é apertado acidentalmente quando é transportado em uma mochila ou pasta, e, com isso, envia um sinal para o iPad ligar. Não é nada interessante chegar ao destino e descobrir que o iPad está totalmente sem bateria. Para resolver esse problema, uma dica é desligar o Bluetooth do tablet durante o trajeto.

Outras opções de hardware dependem das necessidades de cada usuários: Apple Camera Connection Kit (Kit para Conexão de Câmera)  para transferir imagens e gravações de voz e um Adaptador VGA para iPad para apresentações de vídeo.

Outra opção é o iPad Keyboard Dock. Ele é confortável, mas pesado (mais de 600 gramas). Reúne o teclado tradicional, com uma base de sincronização. Custa US$ 70.

2. Mova seus dados para o iPad e vice-versa
Uma das maiores reclamações sobre o iPad é o desafio de transferir informações de um PC para o dispositivo e vice-versa. O tablet não é um sistema de arquivos aberto; não é possível simplesmente copiar arquivos para ele, como é feito com um pendrive, por exemplo.

A maioria das pessoa acaba enviando os arquivos para si mesmas via e-mail, e abrindo os documentos com um aplicativo. Isso significa que é preciso saber quais arquivos estarão funcionando antes de colocar o pé na estrada, assim como se o iPad conseguirá abrir esses arquivos e trabalhar com eles. A transferência de documentos do PC pode ser feita também utilizando o iTunes.

O problema é que a falta de planejamento pode resultar na falta de alguns arquivos importantes, esquecidos no computador de casa. A melhor maneira de transferir as informações para dentro e fora do iPad é com serviços de armazenamento em nuvem, e um dos mais populares é o Dropbox. “O armazenamento em nuvem absolutamente transforma o iPad, encurtando as distâncias entre o desktop e o tablet”, afirma Ihnatko.

O Dropbox é basicamente uma pasta de arquivos gratuita na Internet, que aparece como um aplicativo no iPad e no computador. É possível acessar os arquivos de qualquer dispositivo que esteja com o Dropbox ativado; os documentos são sincronizados imediatamente para a mesma conta do serviço, além da possibilidade de permitir que outros usuários do serviço tenham acesso aos documentos.

3. Conheça as limitações dos aplicativos corporativos
Enviar os arquivos para sua conta no Dropbox não é de utilidade nenhuma a não ser que haja um aplicativo no iPad capaz de abri-lo. O app deve também permitir que o usuário edite esses documentos. Uma opção é o QuickOffice Connect, que possibilita abrir e trabalhar com arquivos do Microsoft Word, planilhas do Excel e slides do PowerPoint. Esse aplicativo é integrado com vários serviços de armazenamento em nuvem, inclusive Dropbox.

Infelizmente, os apps para iPad são muito simplificados; a falta da riqueza dos softwares para desktop pode trazer problemas na estrada. O QuickOffice, por exemplo, não suporta o recurso de controle de alterações. Ao trabalhar nos arquivos de fato, alguns usuários podem ficar frustrados com a ausência de sobreposição de janelas no iPad. Ao trabalhar com slides ou um documento, algumas pessoas fazem pesquisas na Internet ao mesmo tempo, alternando entre o arquivo e o navegador. O tablet, contudo, exibe somente uma janela por vez.

Conclusão: o iPad funciona no trabalho?
Talvez o maior desafio enfrentado por aqueles que utilizam o iPad no trabalho é na hora de imprimir os documentos.  A Apple recentemente adicionou o AirPrint, que permite imprimir via wireless desde fotos até e-mails, tudo a partir do iPad – contudo, está disponível somente para um modelo de impressora da HP. Grande parte das empresas não possui necessariamente esse equipamento ainda, logo, caso precise imprimir uma grande quantidade de material, leve o laptop.

É importante entender as limitações do iPad e o planejamento necessário para usá-lo em viagens de trabalho antes de propriamente aposentar o notebook. Usuários que dependem muito do computador, de programas e aplicações complexas ou imprimem documentos com muita frequência não se aplicam a esse grupo.

Por outro lado, o hardware da Apple e os serviços de armazenagem em nuvem fazem do iPad uma alternativa sólida para o notebook de muitas pessoas. Principalmente em viagem. Ele está sempre pronto para o uso. Basta retirá-lo da pasta e começar a trabalhar em um instante, graças a sua característica de estar sempre ligado. E, mais importante, evita “sessões de massagem”, pois não é preciso carregar um equipamento pesado nas costas o dia inteiro.[/spoiler]

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