Nokia N95 8GB – Poderoso, mas pesado

Mesmo com o lançamento do N96, o N95 8GB ainda é um dos principais smartphones da Nokia no país.
O aparelho inaugurou o design dual slider, em que o visor desliza em dois sentidos.
Para cima (com o aparelho na vertical), exibe o teclado. Para baixo, os botões de controle do player multimídia.
O N95 8GB não é exatamente um telefone compacto. Ele pesa 128g e tem 21mm de espessura.
Por isso, não é muito prático para carregar no bolso.
Mas esse estilo “tijolão” é compensado por um hardware com razoável poder de fogo e um software elogiado por usuários mais exigentes. Em miúdos: o N95 tem processador de núcleo duplo (dual core, 332MHz), Wi-Fi e GPS.
Games no Nokia N95Mas não se impressione tanto. Os dois cores do processador não são dedicados aos aplicativos —apenas um tem essa tarefa. O outro gerencia a parte de rádio— a comunicação com a rede celular. A próxima evolução do sistema operacional Symbian promete suporte a dois núcleos, o que pode representar um salto colossal nesses aparelhos. Mas isso é outro assunto.
Outros destaques são a memória RAM de 128MB (evita que o aparelho acuse falta de memória ao executar vários aplicativos) e um acelerador exclusivo para gráficos 3D —na verdade, o primeiro Nokia com essa tecnologia foi o N93.
O N95 8GB tem um visor de 2,8 polegadas com 240 x 320 pixels de resolução. É menor que o do iPhone, mas dá conta do recado na hora de ver fotos, navegar na web e, claro, jogar. O contraste é bom, mas ele é meio difícil de visualizar quando a claridade é intensa. E, mais importante, não é touchscreen.

Software

O N95 8GB, assim como outros 10 smartphones da Nokia, suporta a plataforma online de games N-Gage. Pouca gente lembra-se, mas, originalmente, o nome referia-se a um celular híbrido (meio telefone, meio console portátil) que foi uma tragédia de vendas.
A plataforma é um software que precisa ser instalada via web —embora venha de fábrica nos modelos mais novos. Como o aparelho tem WiFi, isso não é problema. Depois, o usuário tem de fazer um cadastro, gratuito, para acessar o sistema. Há um ranking de pontos (quanto mais você jogar, mais pontos terá) e uma comunidade para gamers, mas o sistema é meio nebuloso. Talvez quando a base de gamers crescer a coisa toda ganhe mais corpo.
Outro ponto (muito) contra é a ainda baixa oferta de jogos. Até a primeira semana da março, havia exatos 30 games disponíveis, com a promessa de outros três para “breve”. Alguns são franquias de títulos famosos, como Metal Gear Solid, Resident Evil, Fifa 09, Star Wars Force Unleashed e Sim2 Pets, mas, mesmo assim, é muito pouco.
Além disso, não há disponibilidade de games gratuitos —somente demonstrações. Algumas demos, aliás, são tão limitadas (jogue por 45s) que dá vontade de mandá-las para o inferno. Diferentemente do iPhone, há três modalidades de compra: um dia, uma semana e ilimitado, com preços médios de US$ 3, US$ 7 e US$ 13,50, respectivamente. Pagamento, só com cartão de crédito internacional.

Jogabilidade

O N95 8GB requer um pouco de costume para se adequar ao teclado na posição horizontal —a melhor para jogar, claro. A combinação do pad direcional com os botões laterais nem sempre resulta em algo simples de executar com os dedos. O lado bom é que a maioria dos jogos permite configurar o teclado até achar a melhor posição. Games de corrida, por exemplo, funcionam bem melhor em um telefone com botões do que na tela touchscreen do iPhone.
A aceleração gráfica funciona bem. A maioria dos jogos são bonitos e sofisticados. Embora demorem um pouco para carregar, eles rodam sem engasgos. Não dá para comparar com um console portátil dedicado, como um Sony PSP, mas, mais uma vez, alertamos: tratam-se de aparelhos focados no jogador casual, não no “hardcore”.

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