Páginas falsas do Walmart e do Ricardo Eletro roubam dados de clientes

Inspirada pela proximidade com a Copa do Mundo, uma página falsa do Walmart atrai curtidas e cliques de usuários com algumas “ofertas exclusivas para a copa do mundo FIFA 2014”.

De um Moto X por 500 reais a um iPhone 5s de 64 GB por 1.800, o endereço (já fora do ar), oferece produtos muito baratos com o intuito de enganar usuários desavisados.

O esquema utilizado pelos cibercriminosos é conhecido como phishing.

A tática consiste em atrair vítimas para uma página falsa com três itens básicos:

1. Uma informação surpreendente,
2. Um alerta que incite medo ou
3. Uma promoção muito vantajosa.

Depois de fazer o usuário abrir o link, o ladrão tenta convencê-lo a digitar dados sensíveis (documentos ou números de cartão), que acabam redirecionados aos servidores do criminoso.

O golpe com a página falsa do Walmart não é o único exemplo recente circulando pela web.

Há ainda um site que copia a estrutura da Ricardo Eletro, e com ofertas igualmente atraentes que chegam aos e-mails das possíveis vítimas: um Galaxy S5 é oferecido por apenas 1.500 reais, por exemplo, contra os 2.600 sugeridos pela Samsung.

Prevenção – No entanto, evitar cair no golpe é relativamente simples, como explicou o executivo da AVG. Segundo ele, um dos pontos principais a se checar antes de pensar em fechar uma compra é a URL: “o nome pode ser parecido, então veja com atenção para ver a URL é realmente a do site que você está tentando acessar”.

Páginas falsas do Walmart roubam dados de clientes

A do Walmart “pirata”, por exemplo, é “walmartfifa2014”, enquanto a do original é simplesmente “walmart.com.br” – e a página oficial no Facebook é essa, com o símbolo de “Verified Page”, e não o “Walmart Super Copa”.

No caso do endereço da Ricardo Eletro enganadora, a diferença é ainda mais sutil: “lojaricardoeletro”, contra “ricardoeletro.com.br” do verdadeiro.

Ainda é comum que falte um certificado HTTPS (o cadeado verde) ao lado dos endereços – isso indica que nem mesmo é seguro fazer uma compra nesses sites.

“Com um clique ali também dá para checar a autenticidade do site”, disse Samrell – o Google Chrome, por exemplo, emite um alerta de “Identidade não comprovada” nesses casos.

Como forma de prevenção, o executivo também recomenda “tomar muito cuidado com links recebidos por e-mail e por mídias sociais – mesmo os patrocinados”. “O phishing pode chegar de qualquer lugar”, afirmou.

Vale desconfiar também de “ofertas vantajosas demais” e até procurar o nome da loja ou empresa no Google para ver qual o endereço oficial.

E é importante seguir essas dicas porque, caso você caia em um desses golpes, o ressarcimento nem sempre é possível. “No caso do cartão de crédito até dá para tentar cancelar o pagamento”, disse Samrell. Mas com boletos ou depósitos bancários, a situação é mais complicada, e pode envolver até processos judiciais.

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