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Até que ponto a Internet ainda é de todos? Sabemos que a Grande rede possui boa parte de seu poder centralizado em um único país, os Estados Unidos da América.
E é de lá que estão surgindo os primeiros problemas nessa “disputa digital”.
Para informar a todos, nesta semana, o Tribunal Federal de Apelações Norte Americano decidiu que o Congresso nunca havia concedido à FCC (Federal Communications Commission, o órgão regulador do setor de comunicações norte-americano) competência para impor as regulações da “gestão de rede” para os provedores de serviços de Internet (ISP – Internet Service Providers).
Além disso, informa que a FCC possui uma visão “excessivamente expansiva” de seu poder, o que não limita a tensão dentro dos limites exteriores de sua autoridade, mas sim, contribui para “quebrá-la completamente”.
Em termos reais, isso cria uma censura para a Comissão, nos seus esforços de dar ordens aos ISPs de banda larga como a Comcast, para assim tratar com igualdade todos os tráfegos que fluem pelas suas linhas. Mas apesar dessa derrota na justiça norte-americana, a FCC ainda pode tentar regulamentar a Internet, no âmbito das regras seculares implementadas para as estradas de ferro, ou mesmo os monopólios de telefonia da Ma Bell.
O que seria prejudicial para todos, pois esse esforço errado contribuiria para atrapalhar os recentes sucessos da implementação de banda larga em todo os Estados Unidos. E lembrem-se: a maior parte do controle da Internet está nas mãos de americanos. E o que for “mal administrado” por lá, refletirá de maneira danosa em todo o mundo.
Vale ressaltar que, mesmo com a constante encolhimento da economia norte-americana nesses últimos dois anos, o setor de mercado que envolve a Internet sempre esteve se desenvolvendo (e lucrando muito). E acredito que isso não seja novidade para ninguém, afinal todo o mercado offline já está investindo na estrada de alta-velocidade que é a Internet, em variados graus. E tudo graças a chegada da banda larga à maioria dos países no mundo. A real (e futura) tendência é ver esse setor como mercado primário num futuro não muito distante. Como muitos de vocês já perceberam, a Internet é o veículo propagador (e co-catalizador) da Globalização.
Porém, atenção! A Internet nunca foi privatizada de forma direta.
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