A Apple anunciou nesta terça-feira sua nova linha de iPhones.
A empresa conta agora com dois modelos bem diferentes:
• iPhone 6 com tela de 4,7’’, o menor,
• e o “gigante” iPhone 6 Plus com display de 5,5’’ – pouco mais do que o do novo Moto X.
Apesar dos tamanhos distintos, ambos os aparelhos carregam especificações similares, tendo como destaque o novo processador A8.
Substituto do já surpreendente A7, o SoC de 2 bilhões de transistores e clock não especificado mantém a CPU de 64-bits.
A GPU também não foi especificada, mas Phil Schiller, executivo da empresa, mencionou que ela terá desempenho 50% melhor do que a geração anterior. Em termos de consumo de bateria, a Apple mencionou que será “mais eficiente”.
Mas o que isso significa, afinal? Que o desempenho rodando jogos e aplicações mais pesados, já bem satisfatório no modelo anterior, deve melhorar ainda mais, mesmo com as telas de maior resolução – agora, temos 1.334 x 750 pixels (326 ppi) para o iPhone 6 e 1.920 x 1080p (mais de 2 milhões de pixels ou 185% mais do que o iPhone 5s) para o 6 Plus.
Design – Do lado de fora, os dois modelos são bem similares, apesar do tamanho. O corpo metálico, agora com bordas mais arredondadas. Alto-falantes, como mostravam imagens vazadas, aparecem na parte inferior da carcaça, assim como os plugs para carregador e fone de ouvido. O iPhone 6 e o 6 Plus terão, respectivamente, 6,9 mm e 7,1 mm de espessura, ambos mais finos que o antecessor.
Novamente em comparação com o 5s, a parte traseira parece ter o adotado o metal como padrão e abandonado qualquer resquício de vidro – exceto pelo flash e pela lente da câmera, claro.
Na parte frontal, por sua vez, o visual é quase o mesmo, embora a tela ocupe um pouco mais de espaço, aparentemente. Em cima, continuam a saída de som e câmera frontal, e embaixo está o botão Home tradicional ainda cercado pelo anel de vidro do Touch ID.
Software – Saindo do design, o sistema operacional é o iOS 8, como era esperado. O SO, que será lançado no próximo dia 17 de setembro para outros aparelhos da companhia, traz mudanças nas notificações, nos contatos, no Spotlight e na Siri, além de suporte a teclados de terceiros e aos padrões (ou protocolos) HomeKit e HealthKit, anunciados pela Apple no WWDC, evento para desenvolvedores realizados em junho deste ano.
De particularidades, graças à tela de 5,5’’, o iPhone 6 Plus funcionará quase como um iPad quando colocado na horizontal. A chamada Adaptative User Interface fará com que aplicativos explorem o espaço extra, como já era indicado na versão beta do novo XCode 6, o ambiente de desenvolvimento do iOS e do OS X. Falando nisso, os aplicativos novos começarão a deixar de lado o Objective-C para priorizar o novo Swift.
Redes – Os aparelhos serão compatíveis com mais de 20 bandas de LTE – o que é mais do que qualquer outro smartphone – e com Wi-Fi 802.11ac, mais moderno. Schiller mencionou, na apresentação, que os dispositivos ainda terão compatiblidade com a tecnologia VoLTE (Voice Over LTE), que promete melhorar a qualidade das chamadas aproveitando a rede 4G.
Câmeras – De novidades, o vice-presidente de marketing da Apple mencionou que a iSight – que continua com seus 8 megapixels – gravará vídeos em Full HD a 30, 60, 120 e 240 frames por segundos (as duas últimas opções são em câmera lenta). Para fotos, teremos estabilização óptica de imagem (OIS) no iPhone 6 Plus e estabilização digital de imagem (DIS) no iPhone 6.
Preços e disponibilidade – Os novos iPhones começam a chegar às lojas norte-americanas no 19 de setembro, com pré-venda a ser iniciada já no próximo dia 12 deste mês. Os preços do iPhone 6 vão de 199 (pela versão de 16 GB) a 399 dólares (nova versão de 128 GB), enquanto os do iPhone 6 Plus começarão nos 299 dólares, sempre no contrato de 2 anos. A versão “intermediária”, aliás, será a de 64 GB nos dois casos.
Não foram dadas informações sobre a chegada dos aparelhos ao Brasil, mas Schiller mencionou que os aparelhos chegarão a 115 países até o final deste ano. É de se imaginar, portanto, que devido a instalação de lojas oficiais pelo país – como a do Rio de Janeiro –, a Apple não demore tanto quanto fez nas últimas edições do smartphone.
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