Do ponto de vista comportamental, que bons aspectos decorrentes dessa mudança você destacaria?
por Psicóloga Marcela Minhoto
» Sem dúvida, as pessoas conversam muito mais depois da chegada do celular.
Com ele, as ligações que eram proteladas por falta de acesso ao telefone, passaram a ser facilmente realizadas, de qualquer lugar e a qualquer momento.
Além disso, os negócios ganharam dinamismo, já que pelo celular, o horário de expediente passa do tradicional “das 9h às 18h” para 24 horas por dia, sete dias por semana. Com a febre dos smartphones, então, o profissional fica disponível em tempo integral, por meio de e-mails, além do próprio telefonema.
Também as pessoas fundamentais para uma tomada de decisão de negócios, que até a chegada dos celulares só seria contatada no dia seguinte, quando chegasse à empresa, agora podem ser acionadas a qualquer dia e horário.
Vale lembrar, porém, que o uso profissional do celular não pode interferir na qualidade de vida pessoal do usuário. Como tudo na vida, deve ser usado com bom senso para não se passar de uma ferramenta facilitadora de relações para algo que prejudique as relações interpessoais.
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As pessoas com o uso exaustivo do celular estão, na verdade, se afastando dos convívios e não se aproximando. Pessoas vão ao restaurante acompanhadas e preferem conversar no celular do que com o parceiro(a). Ficam olhando o “display” como se buscassem desesperadamente um número, um nome, alguma razão para ligar para alguém. A “dinâmica nos negócios” é uma ilusão. Na verdade, a pessoa fica escrava dos negócios e precisa trabalhar mesmo nos horários de descanso. Portanto, eu penso que a interpretação da Psicóloga está completamente equivocada.