O site da associação traz estudos que falam sobre os perigos da banda larga via rede elétrica e trás até vídeos que mostram interferências causadas pela tecnologia em locais onde ela está sendo testada.
O que os detratores do BPL alegam – e, em alguns casos, até provam – é que a as redes elétricas não foram feitas para isolar a radiação de radiofreqüência e que de fato em alguns casos a tecnologia de fato gera interferência.
Isso significa que estamos prestes a adotar uma tecnologia de alta periculosidade?
Não necessariamente.
Segundo Nicholas Maheiroudis, diretor de projetos de BPL da AES Telecom, os problemas de interferência realmente aconteciam no passado, mas a evolução dos equipamentos mitigou grande parte dos riscos.
“Hoje a tecnologia evoluiu e os equipamentos são capazes de anular as interferências”, diz o executivo. Segundo Maheiroudis, todos os aparelhos usados no Brasil terão que ser homologados e certificados pela Anatel, o que deve eliminar os riscos.
Além das interferências externas do BPL, a companhia também está trabalhando para minimizar os ruídos internos causados por eletrodomésticos e outros na banda larga via rede elétrica.
Secadores de cabelo, liquidificadores e até luminárias podem interferir no sinal do BPL. Neste caso, o resultado pode ser uma degradação na qualidade do sinal de internet.
“O BPL não afeta o microondas, mas uma luminária não-padronizada pode derrubar o BPL”, explica Maheiroudis.
Segundo o diretor, menos de 3% das casas que participam dos testes feitos pela AES Telecom apresentam problemas de interferência.
Para mitigar o problema, a empresa está trabalhando com fornecedores nacionais para produzir filtros e nas próximas gerações, os próprios modens virão com chips preparados para bloquear os ruídos, de acordo com Maheiroudis.
Até a estreia de fato, a palavra fica com o especialista. E você, se sente seguro em usar banda larga via rede elétrica? Dê sua opinião.