Washington, 22 fev (EFE).- Bem depois de o presidente americano, Barack Obama, ter se beneficiado do uso da internet durante sua campanha eleitoral, a Casa Branca finalmente passou a utilizar o Twitter.
Macarena Vidal
As reclamações feitas pela equipe de Obama ao chegar à Casa Branca, em janeiro de 2009, a respeito de sistemas de informática antiquados e da impossibilidade de acessar redes como Facebook e MySpace no local de trabalho já são coisas do passado.
O secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs, abriu uma conta no Twitter na semana passada, se unindo a outros membros do alto escalão americano como seu número dois, Bill Burton, e o diretor de Novas Mídias, Macon Phillips.
Apenas uma semana depois, Gibbs – ou “@presssec”, no Twitter – já tinha quase 30 mil seguidores. Em suas menos de 20 postagens até o momento, o secretário comenta assuntos que vão desde sua admiração à página do ciclista Lance Armstrong a detalhes sobre as reuniões com Obama.
“É uma avenida na qual nossa voz pode ser importante”, declarou o secretário nesta semana, na qual suas coletivas de imprensa ficaram repletas de perguntas de jornalistas curiosos sobre sua atividade na internet.
Gibbs admite, no entanto, que tem problemas para comprimir suas opiniões ao limite de 140 caracteres imposto pelo Twitter. “É toda uma linguagem, evidentemente, de teclar números e símbolos, que me escapa. Tenho certeza que meu filho (que tem 6 anos de idade) pode me ensinar muito mais do que eu posso aprender”, brincou.
Por meio das mensagens em tempo real, o porta-voz de Obama e sua equipe podem transmitir informações atualizadas não só aos repórteres que cobrem a Casa Branca, mas a todos aqueles que estejam interessados em recebê-la.
Além disso, podem ver as reações aos seus anúncios ou comentar as informações de outros. Burton, por exemplo, já usou o Twitter em diversas ocasiões para desmentir informações erradas ou com as quais discorda.
Por sua vez, seus seguidores têm a oportunidade de entrar em contato com os funcionários do Governo e explicar suas opiniões. Mas quem quer manter uma boa imagem para a História precisa ter cuidado. A lei de registros presidenciais obriga a guardar tudo o que os representantes da Casa Branca postam, até mesmo as mensagens diretas, uma advertência que aparece na página do porta-voz no Twitter.
Os comentários gerais sobre suas mensagens, os retuitados por seus seguidores e sua lista de seguidores não ficarão arquivada, ressalta Gibbs, que insiste que “ninguém deve ter medo”.
Barack Obama tem sua própria página no Twitter desde o lançamento da rede, em 2007, e é seguido por mais de três milhões de pessoas, mas ele não escreve suas próprias postagens. O presidente americano, que em novembro se disse atrapalhado demais para o uso do Twitter, escreveu sua postagem no mês passado, um pedido de ajuda ao Haiti que apareceu na página da Cruz Vermelha americano durante uma visita à sede da instituição.
Agora, o próprio presidente procura um administrador de redes sociais, como se pode constatar em uma oferta de emprego do Comitê Nacional Democrata. O candidato deverá ter “grande familiaridade” com as redes sociais e “estar disposto a trabalhar duro: este não é um trabalho de 9 às 5”. Obama não é um presidente que foge das novas tecnologias para comunicar sua mensagem. Sua página no Facebook conta com mais de sete milhões de seguidores.
No mês passado, concedeu uma entrevista ao vivo pelo YouTube para responder às perguntas feitas por eleitores. Segundo Gibbs, “o presidente e sua equipe vão continuar buscando vias para transmitir o que faz a cada dia e como afeta as vidas das pessoas da maneira mais efetiva possível”.
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Aqui em Moçambique a tecnologia informática ainda é algo só para estudantes e a internet não tem tão boa qualidade