Por Marlos Mendes
O primeiro walkman, o ancestral analógico do iPod, foi lançado nos anos 80 com duas entradas para fones de ouvido porque os projetistas da Sony imaginavam que ninguém ia querer ouvir música sozinho.
Afinal, desde o remoto momento da História em que um homem fez soar um tambor, a música sempre fora uma experiência social.
Ao ver alguém entretido com fones, pode-se ter a impressão de que o MP3 tornou a música uma experiência solitária.
Redes sociais com áudios mostram que a impressão é enganosa.
Depois da Last.fm, a primeira a explorar a idéia, o novo sucesso entre os brasileiros chama-se Blip.fm. Tudo começa com um link no Twitter ou um convite por e-mail para acesar http://blip.fm. “Recebi dez convites em dois dias, todos pelo Twitter”, conta o analista de TI Alberto Gambardella, fã de Iron Maiden e Pink Floyd.
Não é coincidência. Se o Twitter pergunta “O que você está fazendo?”, o Blip pergunda “O que você está ouvindo?”. O site já é conhecido como o Twitter da música. “Descobrir novas músicas é um processo coletivo. E é muito melhor receber indicações de pessoas em quem confiamos do que de um algoritmo gerado por computador”, explica Jeff Yassuda 36 anos, um dos criadores do site, e fã de Jimi Hendrix.
Expansão rápida
O serviço é gratuito. O internauta faz um cadastro e indica pelo menos três artistas ou músicas de que gosta. Com base nas respostas, o site tenta encontrar pessoas com gosto parecido na rede. Você tem a opção de convidar seus contatos de webmails como Gmail e Yahoo! ao fim do cadastro. O que, aliás, ajuda a idéia a se espalhar como um vírus (do bem).
“Mandei a dica para o meu mailing. Todo mundo aderiu”, conta a promoter e DJ paulista Lalai, 35 anos, que já tem mais de mil seguidores em sua rede no Blip.
COMPARTILHAR“Descobrir novas músicas é processo coletivo. É melhor receber indicações de gente do que de algoritmo de computador.”
Jeff Yassuda, 36 anos, criador da blip.FM e fã de Jimi Hendrix
Nenhum Comentário