O potencial da combinação de smartphones com aplicativos ainda está longe de se esgotar.
Combinando-se alguns de seus recursos mais poderosos, como a internet móvel, o GPS e a câmera, o celular pode transformar seu usuário em uma unidade independente de denúncias do que está acontecendo ao seu redor.
A empresa brasileira WBF Mobile é uma das que estão investindo no filão de aplicativos “cidadãos”, com o seu Cidade Legal, presente desde março no sistema iOS e que aportou na semana passada no Android.
O objetivo é fazer com que você identifique e divulgue os problemas de infraestrutura de sua cidade, fotografando, marcando no mapa e postando nas redes sociais.
As fotos não sobem de imediato, pois o sistema verifica se a ocorrência é real, e, cerca de duas horas depois, a foto é anexada à ocorrência.
“A inspiração veio quando cheguei em casa e tinha uma caçamba de lixo parada no estacionamento. A empresa e a prefeitura disseram que não podiam fazer nada e fiquei um mês convivendo com a situação. A partir daí, reuni a equipe e ficamos dois meses coletando informações de problemas similares“, conta Wilson Baraban, diretor de desenvolvimento da WBF Mobile.
A empresa, que defende que seu produto é inédito no mundo inteiro, chegou a uma lista de 44 diferentes problemas que podem ser identificados pelos usuários, como buracos nas ruas e calçadas, semáforos quebrados, postes apagados e lixo espalhado, entre outros. Em cerca de dois meses, já obteve 780 pontos marcados e 2.500 downloads na versão para iPhone.
O passo seguinte dos criadores do app está em andamento; eles negociam com 11 prefeituras brasileiras para que estas possam vir com as soluções – ou agendamento das mesmas – dos problemas levantados pelos usuários.
Colaboração
A empresa lançou versões para iOS e Android, que custam R$ 6,16 o download, mas a baixa procura do público fez com que a empresa desistisse de novas atualizações.
Ainda é cedo para saber o que será do Cidade Legal, porém seus criadores estão otimistas.
“É importante para o desenvolvimento do aplicativo a participação maciça dos usuários, pois quanto mais pessoas marcam uma ocorrência, maior o peso da mesma“, defende Baraban.