Um pesquisador australiano foi capaz de armazenar 1 000 terabytes de dados, o equivalente a 50 mil filmes em alta definição, num disco simples de DVD, com capacidade de 4,7 gigabytes.
A técnica utilizada pelo Dr Zongsong Gan, da australiana Swinburne University of Technology, lhe garantiu um prêmio da Victoria Fellowship, com incentivos para que ele dê continuidade à pesquisa.
Seu próximo passo é trabalhar para levar o método às grandes fabricantes de dispositivos de armazenamento.
O avanço de Gan e sua equipe está na manipulação de feixes de luz.
Os pesquisadores foram capazes de “apertar” a distribuição de bits, dimininuindo sua distância no disco.
Para isso, precisaram desafiar alguns conceitos bem estabelecidos da física.
Teoricamente, é impossível dividir um feixe de luz num espaço menor que 500 nanômetros – fenômeno conhecido como limite de difração de luz. Foi esse “desperdício” que Gan e sua equipe buscaram solucionar. Para isso, utilizaram dois feixes: um vermelho, para gravar informações, e outro roxo, para bloquear o primeiro, limitando sua área de gravação.
Desta forma, foi possível gravar bits a uma distância de apenas 9 nanômetros.
“A Victoria Fellowship oferece uma grande oportunidade de visitar importantes lugares do mundo para adquirir um conhecimento único, e a experiência para desenvolver nossa tecnologia”, diz Gan em nota. “O que inclui imaging de super-resolução, ciência da computação fundamental de big data e a comercialização do sistema de disco ótico petabyte.”