Quando não havia Internet, malandros usavam a saliva e a conversa fiada, cartas e telefonemas para tomar dinheiro dos incautos. Golpistas nigerianos daqueles tempos chegavam até mesmo a falsificar selos do correio para reduzir os custos operacionais.
Aí chegou a Internet e malandros, pilantras e golpistas passaram a usá-la, mas não desprezaram os outros meios. Contos do paco, do cheque caído no chão, do bilhete premiado continuam a ser aplicados pelo Brasil a fora.
Em fevereiro de 2010, golpistas voltam ao passado e distribuem cartas com timbre da Receita Federal com o título “INTIMAÇÃO PARA REGULARIZAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS”.
Pelos exemplares que temos aqui, os Correios teriam sido os primeiros a cair no conto do vigário. A ECT recebeu as cartas elaboradas pelos pilantras e as entregou no endereço indicado sem questionar se são falsas ou verdadeiras.
Quem leva essas cartas até os Correios?
Desde que o WikiLeaks começou a distribuir documentos secretos guardados em computador que a segurança desse meio de armazenamento vem sendo questionada. Não é de surpreender se, logo mais, espiões, agentes, arapongas e assemelhados voltem a guardar seus dados secretos em papel.
Esse retorno ao passado recente já está acontecendo com os golpistas que voltam a velha mídia, o papel.
O texto da intimação é mal-ajambrado, pois, como já dissemos em outro artigo (IRPF 2005 2004) o leão leva o nosso dinheiro usando linguagem menos rastaquera.
Uma ou outra pessoa poderia cair no golpe tendo em vista que a legislação dos impostos é confusa e mal-explicada de modo que boa parte dos contribuintes brasileiros têm alguma pendência na Receita Federal.
Alguns destaques »
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