O aumento de renda da população das classes C e D, observado nos últimos anos no País, provoca atualmente uma nova onda de consumo, desta vez, pela internet.
E os pequenos e médios empresários têm tudo para aproveitar o momento para aprimorar – e até mesmo desenvolver – suas plataformas de vendas online. O resultado será um só:
ampliação das vendas e, como consequência, do faturamento do seu empreendimento.
Os números são animadores. Hoje, oito em cada dez internautas brasileiros pertencem ao que se convencionou chamar de ‘nova classe média’.
Trata-se de uma fatia da população que movimenta R$ 378 bilhões em salários anualmente e que compra pela web tudo aquilo que até então não podia.
Antes os consumidores dessas classes não tinham cartão de crédito e computador, que permitem a compra online. Hoje esses itens estão mais acessíveis, o que permitiu a entrada massiva desses clientes em potencial.
Dos estreantes no comércio eletrônico neste ano, 61% deles têm renda familiar de até R$ 3 mil e gastam em média R$ 320 em compras online, conforme informações da empresa e-bit, especializada em comércio virtual.
A adoção de novas tecnologias para compras remotas também é expressiva. Pesquisa realizada recentemente pela IBM constatou que 68% dos brasileiros buscam atualmente novos meios para comprar sem sair de casa.
Os brasileiros são abertos à novas tecnologias. Chega a ser um perfil peculiar. Se ele não sabe exatamente como executar uma compra, pergunta. Há uma facilidade muito grande de inserir-se digitalmente e isso reflete em oportunidades para o comércio varejista.
Planejamento
Mas atender a nova classe média não é tarefa fácil. O empreendedor precisa, primeiro, entender quais as características peculiares desses clientes. É importante articular condições mais elásticas de pagamento. Esses consumidores têm cartão de crédito para comprar, mas o limite de crédito ainda é baixo, o que faz eles gastarem com itens mais baratos.
E se existem características próprias, há também traços comuns a todos os consumidores virtuais, não importando a classe econômica.
As empresas erram ao tentar conquistar os clientes populares apenas pelo preço.
Apostar em apenas um diferencial não vai garantir a fidelização do consumidor. É necessário dar todas as informações sobre o que está sendo vendido, garantir a entrega no prazo e ter um site com boa navegabilidade. Nestes requisitos não há distinção de classes. Todos querem e exigem um bom atendimento.