O Facebook está lançando uma nova ferramenta que vai permitir a outros sites o acesso a informações pessoais de seus usuários.
Para isso, basta que tais sites instalem em suas páginas na web um botão “Like” – gosto em inglês -, que, uma vez clicado, envia informações tanto para o Facebook como para o site visitado sobre o conteúdo acessado.
Dessa forma, os sites poderão armazenar em seus bancos de dados as preferências dos usuários e oferecer-lhes produtos personalizados, o que promete esquentar o debate sobre invasão de privacidade.
A ferramenta também permite partilhar o conteúdo acessado entre os amigos do Facebook. Por exemplo, se um usuário baixa um vídeo de um determinado site e clica no botão “Like”, atestando sua aprovação, quando um amigo seu que também está no Facebook entrar na mesma página, será avisado que ele gostou do tal vídeo. Ou seja, seus amigos poderão saber tudo o que você leu, ouviu ou escreveu no site.
Com o mapeamento mais completo de seus usuários, o $poderá ainda atualizar informações sobre suas preferências. Assim, se um internauta entrou num site de uma celebridade e clicou do botão “Like”, pode começar a receber notícias sobre o seu ídolo.
CNN e ESPN vão usar nova tecnologia
A nova ferramenta foi anunciada ontem pelo diretor-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, em conferência em São Francisco. Mal foi divulgada, ela já atraiu empresas de peso.
Os sites das redes de TV CNN e ESPN estão entre os sites que vão fechar parcerias com o Facebook para fazer uso da nova tecnologia.
Na prática, o Open Graph vai facilitar o compartilhamento com os contatos de cada usuário dos seus interesses online, como as páginas que visita ou os serviços na Internet que utiliza.
Esta ferramenta vai reagrupar a informação sobre em que portais navegaram recentemente, por exemplo, publicando essa informação no perfil do Facebook e em outros sites da rede.
Analistas dizem que o Facebook poderá repetir erros do site Beacon, que em 2007 revelava as compras de seus usuários a amigos. O serviço foi desativado, após fortes críticas. Para evitar problemas, o Facebook pôs sua nova política de privacidade em audiência pública.
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