Filmar mulheres no metrô ou em locais públicos dá cadeia!

por Felipe Zmoginski
Muita coisa evoluiu desde a pré-história, quando os homens conseguiam suas mulheres a golpes de tacape.
De lá para cá, descobrimos o fogo, inventamos a roda, o Mega Drive, a mecanização da agricultura e os smartphones com Bluetooth bloqueado.
Alguns descendentes do homo sapiens, no entanto, ainda não aprenderam algumas regras mínimas de civilidade para o convívio com o sexo feminino.
Uma delas é respeitar a privacidade alheia. A miniaturização das câmeras de vídeo e foto, que hoje cabem em qualquer celular, permitiu o surgimento de uma espécie de ´tacape virtual´.
O gaiato arranca as imagens de sua musa com o celular e, depois, fantasia com os arquivos digitais. Quem escrever “mulher” e “metro” no YouTube vai encontrar decotes e roupas coladas à vontade. Todas compartilham o mesmo DNA: foram capturadas às escondidas, na tradição dos melhores voyeurs.
Veja um desses vídeos feitos com a câmera do celular dentro de um ônibus:


(Este vídeo não é de minha autoria)

José Luiz Bastos, chefe de segurança do Metrô de São Paulo, conta que o prazer de filmar curvas sinuosas na muvuca urbana tem nome: contravenção penal.
Nos últimos dois anos, os seguranças do metrô flagraram 13 candidatos a Hitchcock com um smartphone na mão e muitas ideias libidinosas na cabeça. Em todos os casos, os fetichistas foram levados à Delegacia de Polícia.
Há muitos outros casos em que as vítimas preferiram não denunciar à segurança. Ao invés de terminar no DP, esses episódios terminaram numa chuva de tapas e sapatadas no estilo ´Bush no Iraque´.

Após fazer a ocorrência, o cidadão é processado. Em geral, a pena é de multa, que pode ser revertida a favor da vítima, se ela for identificada.

Mas isso varia muito, de juiz para juiz, conta Bastos.
Evite o roubo de seu celular
Manter o celular em local seguro é prudente por duas razões. Além de evitar problemas com a polícia, você evita problemas com os ladrões. Bastos explica que os gatunos que rodam no metrô paulistano adoram surrupiar um celular.
“Cerca de 40% dos furtos que ocorrem dentro dos vagões são de celulares. Estes equipamentos são um objeto de desejo e, especialmente os modelos mais caros, como o iPhone, são os preferidos dos ladrões”, diz Bastos.

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