Forças armadas dos EUA permitem Twitter e outras redes sociais

O Pentágono autorizou o uso do Twitter, Facebook e outros sites da chamada “Web 2.0” pelas Forças Armadas dos Estados Unidos, alegando que os benefícios da mídia social superam as preocupações de segurança.

A decisão, que surge em um período de preocupação renovada com a segurança da computação, se aplica apenas às redes militares não sigilosas.

Mas pode significar mudança considerável para grande proporção das forças armadas, o que inclui os fuzileiros navais, que haviam adotado proibições seletivas a sites de mídia social nos computadores de trabalho da corporação.

O Departamento da Defesa também tem restrições em vigor desde 2007 ao acesso a certos sites que consomem muita banda, como o YouTube.

“O propósito dessa norma é reconhecer que precisamos tirar vantagem das capacidades que a Internet oferece. Essas ferramentas de Web 2.0 precisam ser parte daquilo que utilizamos”, disse David Wennergren, secretário assistente da Defesa, à Reuters.

“E aquilo que tínhamos eram abordagens inconsistentes. Alguns sites eram bloqueados, e alguns comandos bloqueavam coisas”, acrescentou.

A mídia social é cada vez mais importante nas forças armadas dos EUA. O almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto e principal comandante militar dos EUA, usa o Twitter e tem mais de 16 mil seguidores.

O Comando Sul dos EUA também ofereceu atualizações operacionais via Twitter sobre as atividades de assistência no Haiti.

O secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, 66, disse que deseja usar a mídia social para ajudar o Pentágono a interagir com os integrantes das forças armadas do país, muitos dos quais jovens na casa dos 20 anos.

Mas os oponentes da decisão mencionaram o risco de vazamento de informações, de abertura de entradas para hackers e de uso excessivo da preciosa banda disponível na rede do Departamento da Defesa.

A nova regra determina que os comandantes ainda terão de se defender contra ataques de hackers e bloquear o acesso online a sites de pornografia, jogos de azar e que promovam “atividades relacionadas a crimes de ódio”.

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