Google Music – Ainda longe do iTunes

O Google Music Store faz parte de uma bem-sucedida tentativa da companhia de Mountain View de tornar o Android um sucesso estrondoso ao aproveitar o conceito lucrativo do iTunes, criado em 2003, oito anos antes, para oferecer ao usuário tudo de que ele precisa.

Somente no ano passado, o serviço de música da Apple gerou US$ 6,3 bilhões de acordo com o jornal Washington Post.

Nada mais lógico que juntar a receita de bolo da Apple e integrá-la ao Android, ao YouTube e à recém-lançada rede social, que sobrevive sob a promessa de febre que ainda não aconteceu, o Google+.

Talvez o serviço de música do Google devesse ser uma espécie de music player, que reunisse uma série de outros serviços já existentes que promovem interação com redes sociais, como o Spotify, o Pandora e o Sonora, do Terra, por exemplo – todos serviços de streaming. A justificativa está no fato de que já existem bons serviços na web para oferecer música, mas não há bons agregadores. O Google poderia entrar nesta brecha e se aproveitar da enorme plataforma que possui.

Por que alguém usaria o Google Music se existem outras – boas opções?

Quando a Apple lançou o iPod, em 2001, e o iTunes dois anos mais tarde como um serviço que abrangia inclusive a atualização de softwares para além da música, havia uma proposta nova no mercado. O Google não está exatamente promovendo uma inovação. Ao contrário, ele está usando a esperteza dos negócios para agregar à marca um valor que já foi testado em outros lugares e se provou bem-sucedido.

Sem subestimar a força do gigante das buscas online, há um longo caminho – para além do tempo cronológico – que não conta a favor do Google. Por ora, a companhia do CEO Larry Page só quer gritar para o mundo que também quer um pedaço da bilionária pizza da música digital.

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