Governo vai lançar o Plano Nacional de Banda Larga

O anúncio foi feito pelo presidente Lula, durante seu discurso na abertura da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
O lançamento do Plano Nacional de Banda Larga, segundo ele, reforçará os fenômenos econômicos e sociais que estão proporcionando a multiplicação dos meios e veículos de comunicação em todo o Brasil.
Para ele, nessa época de convergência de mídias e com a digitalização da internet, as fronteiras entre os diferentes meios estão sendo dissolvidas.
Outro diferencial do momento atual, é que as mídias ainda podem ser disseminadas pela mesma plataforma.
Lula destacou a multiplicação dos meios de comunicação, resultado da redução de custos de manutenção, da interiorização da economia, fortalecimento do Norte e Nordeste, melhor distribuição de renda, crescimento da classe média, dentre outros. Citou blogs, rádios e TVs, como espaços em permanente ebulição, territórios de liberdade que têm aproximado, ainda mais, as comunidades dos cidadãos.
Referindo-se à circulação dos jornais em todo o Brasil, destacou que no eixo Rio, São Paulo e Brasília, a circulação dos principais jornais do Brasil está estagnada há cerca de 5 anos e gira em torno de 100 mil exemplares. As vendas dos jornais do interior, segundo ele, cresceram 62% e dos jornais populares cerca de 120%, chegando a 1,2 milhões de exemplares. “Os números de usuários com acesso à internet no Brasil, segundo o IBGE, cresceu 75% em três anos, passando de 32 milhões em 2005 para 56 milhões em 2008”, ressaltou.
O presidente destacou ainda, que a internet impôs mudanças no padrão de relação entre produtores e consumidores, com o estabelecimento de relações horizontais, especialmente por conta da interatividade. “Essa Conferência volta a incluir a questão da Comunicação Social na agenda do país e torna seu debate aberto, público e transparente”, finalizou.
Atendendo às reivindicações populares, fechou seu discurso citando as rádios comunitárias e cobrando seriedade dos movimentos. “Tá na hora de colocar o preto do lápis no branco do papel”, enfatizou, declarando que não é mais admissível ter políticos tradicionais por trás das rádios ditas comunitárias.

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