A Internet é um dos 237 indicados para concorrer ao Nobel da Paz de 2010.
Por Jacqueline Lafloufa
Dentre os mais de 200 indicados ao prêmio Nobel da Paz deste ano, um curioso nome aparece na lista: a Internet. Recomendada ao comitê do prêmio Nobel pela revista Wired italiana, a Internet pode figurar entre nomes de peso como Barack Obama, as Nações Unidas, Kofi Annan e Madre Teresa caso efetivamente receba a premiação.
A Wired italiana, que defende a candidatura da internet, aposta em seu potencial para incentivar o diálogo, debate e consenso, conforme informações do site TechRadar. Para Ricardo Luna, editor da revista, aqueles que acreditam que a internet não deveria ter o direito de concorrer, pois se trata de uma ferramenta e não uma personalidade, não estão entendendo o ponto principal. A internet não é mais uma rede de computadores, mas sim uma rede de pessoas, disse ele ao site TG Daily, parafraseando Tim Berners-Lee.
Apesar da oposição de alguns, a indicação da internet para o Nobel da Paz tem ganhado apoio de grandes personalidades da web, como Nicholas Negroponte, fundador do projeto Um laptop por criança e Chris Anderson, editor da Wired norte-americana, conforme informações do site do Wall Street Journal. Foi inclusive criado um site, o internetforpeace.org, onde as pessoas podem manifestar apoio à campanha que indica a internet para receber a honraria, dada àqueles que fizeram o melhor trabalho pela fraternidade entre as nações, pela abolição ou redução de exércitos permanentes e pela realização e/ou promoção de congressos de paz.
Mas mesmo com o grande apoio, há quem não concorde com a indicação da internet. No Twitter, alguns usuários brincaram com a notícia: Se a internet pode concorrer ao Nobel da Paz, eu gostaria de indicar meu notebook Mac para um Pulitzer e meu iPod para o Grammy, dizia o tweet de Tristan Carrasco. Outros questionam como a internet pode concorrer ao prêmio: A internet está concorrendo ao Nobel da Paz mesmo que em boa parte do tempo infrinja leis, exibindo conteúdos sexuais e violando os direitos humanos, disse Janes Keenan em um tweet.
Entretanto, os críticos da indicação da internet tem uma pergunta interessante: para onde irão os mais de 1 milhão de dólares do prêmio caso a internet seja contemplada? Até agora, a dúvida permanece.
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