2ª parte da série “Internet pela rede elétrica”
As duas empresas que revelaram seus planos indicaram, com clareza, que não vão oferecer o acesso a internet pela rede elétrica diretamente para consumidores ou empresas.
Tudo indica que esta será a tônica de todas as companhias. Com isso, o PLC será apenas mais uma tecnologia de acesso oferecida aos provedores de internet, que distribuirão o sinal aos usuários.
As mesmas empresas que hoje dominam o mercado atuando com cabo ou ADSL.
Na prática, isso significa que a vantagem de preço, a velocidade maior e taxas iguais de upload e download serão oferecidos conforme o interesse do provedor de acesso. Quem esperava que o PLC nascesse derrubando os preços e trazendo mais competição a esse mercado, se enganou.
As concessionárias de energia não quiseram assumir o risco de partir diretamente para o mercado. As empresas teriam que desenvolver um negócio novo do zero. Precisariam de coisas como pontos de atendimento (de SAC) e campanhas de marketing. É outra dimensão de atendimento para a qual elas não estão preparadas.
A aversão ao modelo direto se deve aos problemas de financiamento. Para ir direto ao mercado, as concessionárias precisariam de grandes investimentos, por isso optaram por fornecer a infra-estrutura, o que é natural. Até por que não está claro como as agências reguladoras agiriam com a renda oriunda do acesso à internet via PLC.
Quem perde é o usuário final.
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