Da série “7 tecnologias que ainda não decolaram”
Quando a internet se tornou comercial e veio a público, em meados da década de 90, poucas pessoas podiam contar com o serviço.
Os computadores eram mais caros, não havia banda larga e o acesso era feito somente via linha discada.
Foi pensando em facilitar o acesso a esse novo serviço que Steve Perlman, ex-funcionário da Apple e da Atari, criou em 1995 a WebTV, um aparelho voltado para surfar pela web usando a TV como monitor.
A princípio, a ideia parecia interessante: em vez de ter um computador completo – e mais caro – seria possível usar uma caixinha de custo acessível apenas para navegar na web. Com o passar do tempo, porém, alguns problemas, como a falta de compatibilidade com formatos multimídia (entre eles o RealAudio) e dificuldades em usar o serviço fizeram com que a WebTV lentamente morresse.
As pessoas não querem acessar a internet na televisão através de um browser. Ela quer sentar no seu sofá e utilizar o controle remoto para acessar as informações”
comentou Américo Tomé, gerente de novas tecnologias da Intel para a América Latina, sobre a primeira tentativa de combinar internet com TV.
Para Tomé, no entanto, os dois meios devem coexistir no futuro – mas de uma maneira um pouco diferente. “A pessoa quer ter (na TV) uma experiência diferente daquela que tem no PC”, afirmou. Isso quer dizer que o televiso será usado, basicamente, para receber informações que complemente a programação. “Geralmente, os atrativos são as informações sobre clima e trânsito, últimas notícias e entretenimento”, afirmou.
O executivo acredita também que só agora o mundo vive “o momento correto para viabilizar a integração da TV com a internet”. Segundo Tomé, a disponibilidade da banda larga aliada à quantidade de aplicações, sites e serviços online faz com que as pessoas queiram ter acesso à internet onde quer que estejam. “E isso inclui a televisão.”
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