Quando se fala em celular para gamers, pouca gente pensa no iPhone.
Afinal, o famoso e desejado celular da Apple é feito para navegar na internet, ouvir música e até falar (de vez em quando), não é? Pelo contrário.
O iPhone reúne atualmente o que há de melhor nas duas pontas necessárias para um bom celular para jogos: hardware e oferta de games.
Comecemos pelo hardware, a base da brincadeira. O aparelho da Apple é um smartphone com tecnologia 3G.
Ele possui sistema operacional que permite a instalação de aplicativos externos e pode navegar com alta velocidade na web em qualquer local onde haja cobertura da rede celular de terceira geração.
Além disso, o iPhone oferece um bom sistema touchscreen. O aparelho é todo controlado por toques na tela, com precisão e rapidez ainda sem par no mercado. Quem já lidou com o iPhone e pôde compará-lo a outros modelos sensíveis ao toque sabe do que se trata.
Outro item crucial para uma boa experiência é o tamanho e a qualidade do visor. Em ambos os quesitos, o aparelho convence. O display de 3,3 polegadas tem resolução de 320 x 480 pixels, exibe 16 milhões de cores e tem brilho e contraste acima da média.
O iPhone também conta com um acelerômetro bastante sensível. Em resumo, trata-se de um sistema capaz de detectar em que posição está o aparelho e enviar os dados para o sistema.
Quando o smartphone é girado da vertical para a horizontal, por exemplo, é o acelerômetro que detecta essa mexida e muda a orientação da tela. Quanto mais aprimorado esse dispositivo, mais sensível à movimentações o aparelho é —e isso é muito importante em vários jogos.
Nada disso adiantaria se a capacidade de processamento dos gráficos fosse pífia. Isso resultaria em lentidão para carregar os games e em gráficos toscos, tirando a graça da brincadeira. Por isso, um ponto central no iPhone é seu processador Samsung de 412MHz. Pode parecer pouco em tempos de chips com mais de 3GHz, mas esse poder de fogo dá conta do recado em um dispositivo compacto. Claro que, se o sistema operacional não fosse otimizado, o telefone seria uma carroça, mas não é isso o que acontece.
Software
A outra metade do kit para um bom celular de jogos é o software. Afinal, sem boa oferta de games, ou se eles forem difíceis de instalar, o consumidor rapidamente desiste. Aqui entra a loja online de aplicativos da Apple, a AppStore. Lançada ano passado com 500 aplicativos, hoje ela exibe mais de 15 000 —uma grande parte são jogos.
O serviço é acessado com um simples toque na tela inicial do smartphone. No menu, o usuário pode escolher entre aplicativos pagos e gratuitos. A oferta de ambos é bem farta. O usuário precisa se cadastrar na AppStore com um cartão de crédito internacional para poder comprar softwares ou baixá-los gratuitamente, no caso dos freewares. Se o telefone estiver ligado à web via rede Wi-Fi, o tráfego dos dados é gratuito.
Na quase totalidade das vezes, a instalação é simples e não dá problemas. Depois, o atalho para o game aparece na lista de ícones no menu do iPhone.
Jogabilidade
A jogabilidade é muito boa e deve agradar à maioria dos chamados “gamers casuais” —pessoas que curtem brincar no telefone, mas não são fissuradas em jogos.
Quem leva o assunto mais a sério e tem um console em casa (Xbox, PlayStation 3 ou Wii) notará algumas limitações do aparelho, especialmente a falta de controles físicos, como botões. Afinal, nem todos os games são fáceis de controlar apenas com toques na tela.
Além disso, ainda faltam títulos famosos e de grandes publicadores, como a Sega e a Eletronic Arts, mas, ao que tudo indica, a Apple promete resolver isso ainda este ano. Vale lembrar também que a jogatina cobra seu preço na autonomia da bateria. Games com gráficos mais sofisticados também. Somados prós e contras, o iPhone é, atualmente, a melhor plataforma para quem curte games no celular.
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