Foi assim, num comercial dirigido pelo cineasta Ridley Scott (que fizera o badalado Blade Runner) e citando o romance “1984″, de George Orwell, que Steve Jobs quis apresentar ao mundo o Mac.
Depois do malsucedido projeto Lisa, ele estava perdendo espaço dentro da Apple – e o Mac, que desenvolvera com uma equipe independente, era sua tentativa de dar a volta por cima.
A IBM também começava a tomar conta do mercado, o que e preocupava muito a Apple. No comercial, a big blue é representada pelo Grande Irmão, o líder totalitário que dá ordens a uma platéia submissa.
E o Mac é a moça loira que entra correndo e, ao arremessar um martelo, reafirma o valor da individualidade e da liberdade.
Jobs dizia que seu computador era “uma bicicleta para a mente”, que iria estender as possibilidades de criação e expressão das pessoas.
O Mac era simples, elegante, fácil de usar. Tinha mouse, bastava clicar nas coisas (no PC, era preciso digitar os comandos). Até falava.
Mas vinha com pouca memória, era hostil a upgrades e acima de tudo caro: US$ 5.600 em valores de hoje. Deu no que deu. IBM, Microsoft e Intel tomaram o mundo – e o Mac não.
E logo, em 1985, Steve Jobs foi expulso da Apple. A empresa perdeu o foco, definhou, esteve à beira do fim.
Só se reergueu doze anos depois, quando Jobs voltou. Seu primeiro lançamento, em 1998, foi o iMac – onde se via claramente o espírito do Mac original.
Do ponto de vista comercial, o primeiro Mac fracassou. Mas foi um produto marcante, influente, que plantou a semente do computador pessoal e é responsável direto pelo mundo tecnológico em que vivemos.
Celebre-o vendo esta galeria que mostra a evolução do Mac em 30 anos – e uma reprodução do primeiro anúncio, de 16 páginas.
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