13 milhões de computadores em 190 países trabalhavam juntos na maior rede pirata já reconhecida. A função da rede era roubar dados pessoais, bancários e utilizar os computadores para enviar spams
Por Fabiana Baioni
A polícia civil espanhola desmantelou nessa semana a maior rede de computadores seqüestrados, ou botnet, já descoberta no mundo. Ao todo, 13 milhões de máquinas foram infectadas e liberavam informações confidenciais de seus usuários sem que estes tomassem conhecimento. As máquinas também eram usadas para o envio de spams e para furtar dados bancários.
Segundo o site Le Parisien o grupo, liderado por um espanhol, teve sua dissolução anunciada nesta quarta-feira e foi descoberto por meio de investigações da polícia civil espanhola e do FBI. Ao todo, três pessoas foram presas, inclusive o chefe da quadrilha, de 31 anos, encontrado em casa. Um quarto participante pode estar envolvido e se encontra na Venezuela.
A botnet, denominada Butterfly, foi detectada em maio de 2009 por técnicos da empresa canadense de Inteligência de Defesa. O FBI começou a investigar de lá e encontrou um cidadão espanhol que poderia estar envolvido. A guarda civil espanhola foi então acionada e assumiu o caso. Em dezembro, a rede foi paralisada ?de forma coordenada a nível internacional? segundo a polícia espanhola.
De acordo com o site TF1 News os ?computadores zumbis? (assim chamados porque agiam involuntariamente e sem o conhecimento de seus usuários) estavam espalhados por 190 países e não eram apenas de pessoas comuns; órgãos públicos e empresas privadas também tiveram suas máquinas afetadas.
A polícia civil espanhola divulgou ainda que o computador que controlava toda a rede foi encontrado em fevereiro, na Espanha, e que continha dados pessoas de mais de 800 mil usuários. Segundo eles só na Espanha 200 mil computadores foram infectados e participaram da rede Butterfly.
Ainda segundo o TF1 News a polícia civil declarou que o chefe da quadrilha não tinha um grande estilo de vida e viveu em tal negócio alugando a rede para outros criminosos. ?Nós tivemos sorte que a rede estava nas mãos de alguém que não tinha conhecimento da sua capacidade em potencial?, disse o chefe da investigação. ?Com a rede, e dado o número de computadores infectados, um grande ataque terrorista poderia ser organizado.?
Ainda não se tem notícias de prisões em outros países. O suposto venezuelano envolvido ainda não foi encontrado.
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