Realizado no Reino Unido e na Bélgica, o estudo foi publicado no “New England Journal of Medicine” e pode ser utilizado tanto nos cuidados e na reabilitação dos pacientes quanto para a adoção de decisões éticas.
Os cientistas do centro Wolfson de técnicas de imagem de Cambridge (Reino Unido) e da universidade de Liège (Bélgica) estudaram 54 pacientes com graves danos cerebrais, dos quais 23 estavam em estado vegetativo, ou seja, acordados sem responder a estímulos, e 31 com um mínimo de consciência (respostas verbais e motoras inconsistentes e desiguais).
Segundo os pesquisadores, é difícil distinguir os comportamentos reflexivos dos voluntários nestes pacientes, por isso que seu estado de consciência costuma interferir na sua resposta motora, o que explica o elevado percentual de erros nos diagnóstico, de aproximadamente 40%.
Os autores do estudo submeteram os 54 pacientes a uma ressonância magnética funcional enquanto pediam que os mesmos se imaginassem jogando tênis ou que visualizassem algum lugar familiar.
Em cinco dos pacientes com traumatismo crânio-encefálico os cientistas observaram uma ativação das regiões do cérebro envolvidas nas respostas motoras e espaciais.
Um deles, que estava em estado vegetativo, conseguiu responder mentalmente, utilizando duas imagens motoras e espaciais de afirmação e negação, e cinco dos seis responderam as perguntas corretamente.
Conforme os autores, os resultados da pesquisa demonstram que são necessários exames clínicos exaustivos para reduzir os erros no diagnóstico destes pacientes.
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