Mas por que? Por que não abraçar de vez o Android, que já ocupa incríveis 81% do mercado mundial? Por dois motivos.
Primeiro: não ficar nas mãos do Google. Usar a loja Google Play seria muito arriscado para a Microsoft.
De um dia para o outro, o Google poderia simplesmente barrar o acesso delas – algo possível e, considerando o histórico de estranhamentos entre as empresas, até provável. Não dá pra correr esse risco.
Segundo: a Microsoft ainda não está pronta para abandonar o Windows Phone. Ele está há três anos no mercado e, mesmo tendo suas qualidades, não consegue decolar, principalmente porque faltam aplicativos (de Tinder a Candy Crush, o WP fica devendo quase todos os hits recentes).
Mesmo assim, não irão matá-lo agora. Ainda vão insistir mais um pouco. Por isso o Android da Microsoft vem disfarçado, camuflado de Windows Phone.
Por enquanto, a linha Nokia X é apenas uma experiência (e que já estava pronta quando a Microsoft comprou a empresa finlandesa).
Mas se começar a vender bem, a Microsoft poderá ir lançando mais aparelhos Android, com configurações mais potentes, até substituir totalmente o Windows Phone.
Não é garantido que isso vá acontecer, ou dar certo. Manter uma loja de aplicativos paralela sempre é complicado. E não será fácil enfrentar a Samsung, atual senhora do mundo Android.
Mas, se alguém tem competência para isso, é a Nokia.
A adesão ao Android é uma medida ousada, que recoloca os finlandeses no jogo. E mostra que a Microsoft, mesmo atolada em confusões internas, ainda é capaz de pensar no futuro.
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