Da série “Os melhores celulares para os religiosos”
Há alguns anos, um rabino ultra-ortodoxo procurou Abrasha Burstyn, Chief Executive Officer da Mirs Communications Ltd., subsidiária da Motorola Inc., em Israel, com a proposta de um novo conceito de celular.
O resultado é um aparelho que atende as premissas sugeridas pelo rabino, como o bloqueio a conteúdos impróprios para os olhos e ouvidos de outros judeus ultra-ortodoxos, em Israel, que representam 7% da população do país.
O celular é imprecisamente chamado pela imprensa local de “Kosher phone“, já que um gadget não pode ser, de fato, “Kosher”. Na prática, o aparelho tem a aprovação do que seria, essencialmente, um conselho de boas práticas chamado Comitê Rabínico de Comunicações.
Enquanto a maioria dos celulares religiosos é apresentada como um aparelho tradicional, que carrega funções e conteúdos específicos, o “Kosher phone” tem funções de menos, ou simplesmente faz e recebe chamadas. O modelo não tem câmera, não troca mensagens de texto ou acessa a internet. Além disso, mais de 10 mil telefones de serviços de encontros ou de ‘disque-sexo’ estão previamente bloqueados.
A parte mais interessante é que o “Kosher phone” oferece cobranças ou descontos específicos para chamadas feitas a outro “Kosher phone”. Isso inclui uma tarifa significativa de 2,44 dólares por minuto de conversação se a chamada ocorrer durante o Shabbath, o nome dado ao dia de descanso semanal no judaísmo, do pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado.
A operadora local observou que há demanda por celulares com funcionalidades limitadas também entre judeus não-ortodoxos, mas conservadores, e muçulmanos em Israel, e outras regiões.
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