Curiosidade e entretenimento
Desde 2008 que os usuários já contam com aplicações de smartphones que permitem vislumbrar as possibilidades que a realidade virtual oferece.
Apesar disso, a tecnologia ainda é apenas uma curiosidade ou um entretenimento e raramente algo realmente prático e cotidiano.
Mas com a aparição da computação de nuvem e o aumento das velocidades de transmissão de dados, os especialistas preveem um futuro brilhante para a realidade aumentada. Estima-se que seu uso poderia se estender a âmbitos tão diversos como a educação, a publicidade, a arquitetura, a indústria ou a medicina cirúrgica.
“Colocar camadas de informação adicionais sobre a realidade é notavelmente útil”, afirmou à BBC Claudio Feijoo, subdiretor de investigação do centro de pesquisas e desenvolvimento da Universidad Politécnica de Madrid (CeDInt). “Imagine que alguém tenha que reparar o motor de um avião. (Com a realidade aumentada) poderá saber como se chama cada peça. Também não é a mesma coisa que te ensinem numa lousa ou que possa ver algo e interagir”, comentou. Numa cidade, acrescenta ele, “alguém perdido pode colocar os óculos e eles indicarão como se chamam as ruas”.
Realidade aumentada “auditiva”
Agora os pesquisadores já apontam para além da realidade aumentada “visual”, e já se fala da realidade aumentada “auditiva”. É o caso de Jordi Janer, que explora o modo de incorporar elementos sonoros de realidade aumentada na Universidade Pompeu Fabra de Barcelona.
“Nós estamos tentando desenvolver sistemas de áudio com realidade aumentada. Escutar mais cosas do que escutamos”, explicou. Isso criaria, por exemplo, a possibilidade de ir a um concerto e poder escutar mais um instrumento que outro, ou estar em um ambiente com música alta e poder “subir o volume” de nosso interlocutor.
Também se estuda incorporar sons a elementos “reais” armazenados na internet. Isso permitiria, por exemplo, um Google Street View no qual se pudesse escutar o barulho dos carros e das pessoas ao passar.
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