Com que fundo eu vou?
Para quem procura investidores, o primeiro passo é identificar o tipo de fundo mais adequado à fase em que a empresa se encontra.
Em ordem crescente de valor de investimento e estágio, há os investidores anjos e os fundos de capital semente, de capital de risco e de private equity (veja quadro).
Os dois primeiros investem em empresas iniciantes, e os dois últimos, apenas naquelas que já têm um faturamento significativo — a DGF exige receita anual de 10 milhões de reais — e topam vender o controle acionário.
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Mas o capital de risco não serve para todas as empresas. Se o interesse essencial é dinheiro, os bancos podem ser a melhor opção.
“Private equity é um conjunto de investidores que se tornam sócios da empresa e influem para aditivar sua profissionalização, transparência e relacionamento com o mercado. O fundo participa das reuniões e até indica funcionários para ocupar os cargos de alto-escalão”, diz Mario Malta, associado sênior da Advent no Brasil, que busca empresas com faturamento anual mínimo de 100 milhões de reais.
O investimento de risco tem o objetivo primordial de gerar lucro. “A idéia é fazer a empresa crescer e revendê-la com lucro exponencial para os grandes players do mercado”, diz Sidney Chameh, sócio-fundador da DGF.
Em setembro, a brasileira Compera nTime, especializada em marketing e mídia para celulares, foi objeto de uma negociação que gerou bons lucros. Comprou a concorrente Movile e anunciou uma troca de sócios: saiu o fundo brasileiro Rio Bravo e entrou a sul-africana MIH Holdings (do conglomerado de mídia Naspers) – os valores não foram revelados.
A MIH ganhou um novo braço tecnológico, a Compera mais dinheiro para financiar a expansão internacional, e a Rio Bravo vendeu sua participação com 400% de lucro. Nada mau para uma empresa que nasceu na incubadora da Unicamp.
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