Pais deixam bebê morrer enquanto cuidam de filho virtual

A filha real, de apenas 3 meses, era alimentada apenas com leite em pó e sofria agressões constantes.

Por Nátaly Dauer

Um casal viciado em jogos online foi preso nesta quinta-feira, acusado de abuso infantil e negligência após deixar sua filha de três meses de idade morrer de fome enquanto cuidava de uma filha virtual em um MMORPG (“Massively Multiplayer Online Role-Playing Game”) chamado PRIUS.

De acordo com o site TG Daily, o casal de sul-coreanos – conhecido como “The Kims” – deixava o bebê em casa enquanto passava até 12 horas por noite em cybercafés. Ao ser preso, confessou às autoridades coreanas que alimentava sua filha com leite em pó estragado e agredia a criança para fazê-la parar de chorar.

Uma noite, em setembro, após voltarem da lan house, o pai Kim Yoo-chul, de 41 anos, e a mãe Choi Mi-sun, de 25, encontraram a filha da vida real morta, e chamaram a emergência. Ao explicar o fato à polícia, disseram que encontraram o bebê já sem vida ao acordarem de manhã, mas os oficiais desconfiaram do aspecto do corpo, que mostrava uma grave desidratação.

O site do jornal inglês The Sun conta que a polícia tentou prender os pais após a autópsia confirmar que a casa da morte foi desnutrição, mas eles desapareceram após o enterro do bebê.

Os sul-coreanos tinham outra vida no jogo Prius, onde trabalhavam e cuidavam de uma filha – provavelmente bem melhor do que cuidaram da criança de verdade. Na vida real, o casal (que se conheceu em um chat, em 2008) estava desempregado e vivia com a mãe da mulher, que parece também pouco ter se importado com sua neta chorando e definhando por falta de alimentação.

A Coreia é conhecida por seus sérios problemas com viciados em jogos online, situação tão preocupante que professores e agentes de saúde já tentam classificar o problema como uma doença cerebral, com padrões similares aos do vício por cocaína.

Receba essa e muitas outras notícias no seu celular. Envie igtecnologia para 49094

 

COMPARTILHAR

Nenhum Comentário

Comentar