Quem não tem o vício aproveita para valorizar isso, como faz Wagner da Silva, de 24 anos, que cursa Sistemas de Informação na Universidade Nove de Julho, em São Paulo.
“Escrevo que sou não fumante na primeira linha do meu currículo”, diz o estudante. “Meus colegas acham que ser fumante prejudica na hora de uma entrevista”, diz Silva.
Reservar um espaço na empresa para os fumantes incentiva o vício, diz a psicóloga Tatiana Borgoni.
A melhor forma de incentivo ao não tabagismo, segundo ela, é dificultar que a pessoa saia de sua mesa para fumar e oferecer ajuda na luta contra o hábito. “Uma idéia é transformar o fumódromo em espaço de descompressão, com atividades relaxantes”, diz.
E isso pode dar certo, como mostra o caso de Ricardo Levati Cortez, 39 anos, gerente de negócios da Apdata, empresa de desenvolvimento de soluções de tecnologia da informação para a área de RH. Cortez está entre os 30% de funcionários da Apdata que largaram o cigarro graças a ambientes de descompressão instalados na companhia desde 2002.
“Parei de fumar no dia 13 de maio de 2004, data que comemoro como um segundo aniversário”, diz.
Os 250 funcionários da Apdata, com sede em São Paulo e escritórios no Rio de Janeiro e nos Estados Unidos, têm à disposição fumódromo arborizado com base no conceito de Feng Shui, Zapela ecumênica, sala de cromoterapia, ambiente de descanso e massagista. “Quem está estressado pode fazer uma massagem durante o expediente”, diz Elaine Aureliano, coordenadora de marketing da Apdata. “O objetivo é um dia termos uma empresa sem fumantes”, diz.
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