por Ricardo Portela
Muitas são as dúvidas quando o assunto é formação profissional.
Os mais radicais acham que a formação profissional deve se deter exclusivamente na ferramenta que vai ser utilizada pelo profissional (são os defensores incontinentes das certificações profissionais).
Neste ponto, embora eu seja totalmente a favor destas certificações, acho que são apenas um complemento da formação profissional, não devendo tais certificações serem encaradas como um produto “auto-contido”, uma “panacéia” que veio para resolver os problemas de colocação profissional do mundo.
Mais importante do que estas certificações é a formação básica deste profissional.
Fico me perguntando se qualquer um de nós aceitaria ser operado no estômago por um médico veterinário, certificado em um equipamento desenvolvido pela “Luftal Máquinas e Equipamentos Médicos S/A“…
Claro que não. Mas é exatamente assim que isto acontece em nossa profissão, ou não?
Mas como são escolhidos os profissionais, ou melhor, como deveriam ser escolhidos os profissionais de uma empresa séria?
Um processo seletivo pode começar por um questionário, seguido de uma dinâmica de grupo e uma entrevista. A entrevista pode ser dividida em duas partes : livre e técnica.
Talvez o ponto mais importante, e o menos explorado, na formação do profissional, seja o Perfil. Detalhe tão ou mais fundamental do que a formação técnica.
Para saber o perfil de um profissional podemos consultar o “Manual de Orientação Vocacional“. Neste manual encontramos características para as diversas profissões do mercado brasileiro, de onde o avaliador pode retirar subsídios para as entrevistas, testes, etc.
Para o profissional de informática (que é o que nos interessa), temos, por exemplo, os Traços de Personalidade – Atenção concentrada, Capacidade de análise, Criatividade, Organização, Espírito de pesquisa, Responsabilidade, entre outros.
Como podemos observar, tudo é feito a partir de uma teoria. Quando pensamos que as coisas, em um processo seletivo para emprego, estão “caminhando doidamente”, podemos estar errados, ou seja, tudo que nos é pedido, tudo que fazemos, pode estar sendo anotado e poderá ser usado para nossa avaliação.
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