Existe, no meu entender, um aspecto psicológico, que poderá ajudar a quem está restrito às instalações de home vídeo convencionais:
a da capacidade de abstração do cérebro humano, capaz de fantasiar momentaneamente a visualização de uma imagem panorâmica, incluindo a sensação de extensão da visão periférica, em uma tela de dimensões relativamente restritas.
E é neste particular que o formato Smilebox citado acima tem o seu principal efeito.
Quem já viu as versões plana e em Smilebox de A Conquista do Oeste se impressiona mais com esta última, e comparando as duas, não parece se tratar do mesmo filme, apesar da distorção intencional da imagem na tela.
Eu sou plenamente a favor de novas tentativas e da evolução da maneira de se ver um filme de cinema, em uma tela de vídeo, seja ela de que tipo for. Os resultados que virão do impacto da nova tela proposta pela Philips só serão avaliados a partir do momento em que a mesma for colocada no mercado.
As telas 16:9 dão um grande realce a fotogramas em 1.85:1, mas perdem em impacto na exibição de filmes em 2.35:1. Para esses últimos, a única e talvez melhor solução, no que concerne ao fã de cinema, é aumentar o tamanho nominal da tela. E a mesma coisa provavelmente se aplicará às novas telas em 2.35:1, quando, neste caso, a imagem em 1.85:1 ficará com tamanho bem mais reduzido.
Como se vê, as telas widescreen de TV são todas como um cobertor curto: você puxa de um lado e descobre do outro. Vai depender basicamente do espectador saber de que lado ele ou ela pretendem sentir frio!
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