O YouTube passou o ano inteiro envolvido em um jogo de gato e rato com empresas interessadas em comprá-lo, até que cedeu diante da oferta de 1,65 bilhão de dólares apresentada pelo Google.
A decisão pela aceitação do negócio também foi influenciada pelos recursos do Google e das garantias de independência oferecidas pela empresa, disse Chad Hurley, presidente-executivo do YouTube, em entrevista.
“Estávamos interessados em manter a independência”, disse Hurley, 29, na segunda-feira, ainda que fontes houvessem mencionado que ele esteve envolvido em numerosas negociações com potenciais compradores, entre os quais o Yahoo e a Microsoft, além de gigantes do setor de mídia.
O que convenceu Hurley e seu parceiro no YouTube, Steve Chen, 27, sobre a proposta do Google foi a crença em que os recursos e o talento da empresa no setor de engenharia os ajudariam a atingir a meta de prover aos usuários a mais agradável das experiências de vídeo online, afirmou Hurley.
“Agora temos por trás de nós os recursos do Google, para ajudar a realizar nossa visão”, afirmou, recusando-se a informar quantas ações do Google ele e seu sócio receberão com o negócio.
O YouTube manterá sua marca e sua sede separada, conforme publicado aqui no Infoescravo, fato que nunca tinha acontecido nas muitas aquisições realizadas pelo Google. Isso, somado ao preço elevado da transação, indica até que ponto a empresa se tornou importante no setor de mídia.
O YouTube distribui mais de 100 milhões de vídeos ao dia a internautas do mundo todo. Cerca de 72 milhões de pessoas visitam o site da empresa a cada mês, de acordo com dados da comScore, que audita audiências de Internet.
Hurley e Chen, vice-presidente de tecnologia do grupo, fundaram o YouTube em fevereiro de 2005, como uma clássica empresa iniciante instalada em uma garagem e em sociedade com mais um amigo, Jawed Karim.
E a garagem conjugou o verbo google.