Aplicativos para smartphone não falam a mesma língua

LG, Samsung, Research in Motion e Sharp estão produzindo celulares que empregam o formato de widget proposto pelo JIL. “Acreditamos que isso terminará por beneficiar o consumidor, ao lhe oferecer mais escolhas”, disse Peters Suh, presidente-executivo do JIL. “Também representa uma oportunidade para que as operadoras retomem a iniciativa”.

Mas essas alianças, que estão proliferando, também complicam a situação. Na segunda-feira, 20 delas, entre as quais AT&T, Sprint Nextel, Orange, Deutsche Telekom, América Móvil, a japonesa NTT Docomo e a Bharti Airtel, da Índia, criaram o Wholesale Applications Community, outra organização setorial com o objetivo de desenvolver padrões comuns.

As quatro operadoras que participam do JIL adeririam ao novo grupo, mas os dois esforços continuarão a funcionar em paralelo, ao menos por enquanto.

Há quem questione se empresas que disputam fervorosamente o mercado dos Estados Unidos, como a Sprint e a AT&T, e pagam programadores para criar software exclusivo para seus aparelhos e redes, aceitarão usar um padrão comum, algo que permitiria aos usuários trocar de operadora com mais facilidade.

“A maioria das operadoras vende os mesmos celulares a mais ou menos o mesmo preço”, disse Thomas Kaehler, fundador da Communology, uma produtora de aplicativos móveis em Colônia, Alemanha. “Elas buscam aplicativos únicos para fins de diferenciação, mas isso fragmentou o mercado”.

Além de se unir à nova aliança de operadoras, a Sprint também participa do esforço da Alcatel-Lucent para desenvolver software utilizável em múltiplas plataformas.

A Sprint foi a primeira operadora de telefonia móvel dos Estados Unidos a desenvolver um conjunto próprio de aplicativos para celulares, utilizando uma rede de programadores independentes. Mas o esforço necessário a sustentar esse projeto sem ajuda se tornou grande demais.

“Não vivemos mais em um jardim murado, e sim em um mercado aberto”, disse Len Barlik, vice-presidente de desenvolvimento de produtos da Sprint Nextel. “Não podemos mais fazer tudo sem ajuda”.

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