Informalmente, quem trabalha com publicidade em sites de relacionamento estima que, para cada R$ 1 investido em uma campanha nas redes sociais, seriam necessários R$ 13 para produzir um comercial na mídia convencional.
“Mas o risco é dez vezes maior”, diz Igor Puga, diretor da agência ID/TBWA, que há dois anos incluiu em seus serviços a gestão de redes sociais.
O desafio é mostrar às empresas que o uso dessas redes exige planejamento, conhecimento e profissionais qualificados.
“Como estão disponíveis de graça, as pessoas acham que é só se cadastrar e começar a produzir conteúdo. Pensar assim pode ser fatal”, diz Prior.
Um exemplo recente: na semana passada, Visa e Walmart usaram o Twitter para fazer uma campanha relâmpago que escapou por pouco de se voltar contra elas. Quando a mensagem “Juntos, pelo desconto Visa” fosse enviada 5 mil vezes, o supermercado venderia um acessório para jogar o game Guitar Hero pela metade do preço.
O estoque acabou em 35 minutos, o que fez os internautas imediatamente iniciarem uma onda contrária, divulgando mensagens desaforadas.
No dia seguinte, as empresas fizeram uma “reconciliação” pondo à venda mais 100 unidades. O saldo foram 17 mil “tweets” a favor e 4,6 mil contra.
A agência ID/TBWA, que desenvolveu a campanha, diz que o regulamento indicava claramente que a promoção era válida até o fim do estoque. “A reação não era esperada, mas é um dos riscos a que estamos sujeitos nas redes sociais”, disse o diretor executivo Igor Puga. “Só conseguimos reverter a situação porque não esbarramos em burocracia nas empresas para anunciar em pouco tempo uma nova promoção.”
Riscos desse tipo fazem a ACSP orientar seus associados a aderir gradativamente às redes. Para a superintendente de Marketing da ACSP, Sandra Turchi, pequenas e médias empresas devem usar esses meios primeiro para conhecer e se aproximar dos clientes.
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