Existem muitas situações em que você precisa tirar fotos com seu celular ou dispositivo portátil.
Pode ser naquela balada, num show, fotos de bichos ou até mesmo um autorretrato.
Mas, assim como nas câmeras comuns, é preciso cuidar de foco e do uso da luz.
O celular popularizou a fotografia: até quem não tinha câmera passou a “clicar” por aí. Porém, nem todas as fotos tiradas com esses aparelhos ficam boas.
Veja nesta reportagem algumas dicas para evitar os principais erros nos tipos mais comuns de fotos: as de paisagem, natureza, bichos, balada, shows, crianças e retratos.
Independente do motivo da foto ou de quão moderno seja o aparelho, o principal passo para conseguir imagens melhores com o celular é ter paciência. Além da limitação que a maioria das câmeras de celulares tem, muitas vezes a afobação para registrar tudo e a preguiça de buscar um enquadramento melhor e a luz mais adequada resultam naquelas imagens escuras, “estouradas” (com excesso de iluminação) ou borradas que, ainda assim, povoam as redes sociais e as galerias dos celulares.
Tenha cuidado ao usar o flash e faça uso do zoom com moderação. Se o primeiro for indispensável, atenção para fazer o foco em um ponto nem tão escuro, para diminuir as chances de a foto sair “estourada”. E o zoom, na verdade, vai diminuir a qualidade da foto, além de aumentar as chances de imagem “tremida”. Prefira chegar mais perto e fotografar com o máximo de qualidade/resolução.
Confira dicas e o certo/errado para as situações mais comuns:
Crianças
Cansou de ter fotos tremidas ou borradas do seu filho? Isso acontece porque a criança não tem paciência de ficar parada e o tempo de resposta (entre o usuário clicar e a foto ser processada no celular) costuma ser maior em vários aparelhos. Ou ainda, se a intenção é mostrar a criança em movimento, é porque o celular não “congelou” a imagem dela.
Nas fotos paradas, o principal é fazer o foco com antecedência. Escolha um ponto e foque na criança, ainda sem pedir para ela olhar para a câmera.
No celular em que a foto é feita disparando um botão, faça um “meio clique” – não clique até o fim, apenas para acertar o foco. Só chame quando estiver tudo pronto, e aí acione o botão até o fim.
Nas fotos em movimento, aconselha o fotógrafo Raul Zito, procure lugares mais bem iluminados: no parque, por exemplo, faça fotos ao sol, e não à sombra.
A luminosidade ajuda a “congelar” o movimento.
Balada e show
Fotos em ambientes escuros são difíceis de acertar, sobretudo porque o sensor das câmeras de celular não costuma ter tanta qualidade. Se não tiver um recurso para foto noturna, é quase inevitável usar o flash. Mas ele pode ser insuficiente ou clarear demais a cena escura para “compensar”, deixando rostos muito brancos ou “olhos vermelhos”.
Fotografamos um show de Michel Teló do ponto de vista da plateia e constatamos que o ideal é resistir à vontade de usar o zoom máximo: de 25 cliques, só 1 se salvou; os demais ficaram “tremidos”.
O melhor é ficar o mais perto possível do palco (a reportagem estava a 10 metros de distância), esquecer o zoom e usar a resolução máxima.
Depois, em casa, aproxime e corte a foto como quiser, usando um programa ou app de tratamento.
Assim ela não perderá qualidade.
Natureza e paisagem
Como muitas câmeras de celular são totalmente automáticas, sem recursos para que o usuário controle a luminosidade, o tempo de exposição etc., tudo depende da iluminação do ambiente e de onde se faz o foco.
Faça fotos usando pontos diferentes de foco, para ver qual delas fica melhor.
Num cenário com água e céu aberto, por exemplo, ora faça o foco no céu, ora na água.
Depois experimente um ponto intermediário, nem tão escuro nem tão claro – provavelmente nesta situação o resultado será melhor.
Bichos
Um dos desafios é fazer o seu animal “posar” e ficar paradinho para a foto.
Escolher um lugar no qual ele já esteja acostumado a ficar facilita.
Para mantê-lo olhando para a câmera, pode-se recorrer a um brinquedo ou biscoito.E como tirar fotos dele em movimento?
Neste caso, fazer o foco é fundamental: escolha um ponto onde sabe que o animal passará, foque e só clique quando ele chegar a esse ponto.
Lembre-se que nos celulares onde há um botão para disparar, dê primeiro um “meio clique” (não até o fim) para fazer o foco.
Só aperte o botão até o fim quando o animal chegar ao ponto onde foi feito o foco.
Autorretrato
Este é talvez o tipo de foto mais comum com celular. Quem nunca tirou uma foto de si mesmo?
A dica de usar a luz a seu favor também vale muito aqui: procure uma luz lateral, que deixe o seu rosto mais bem definido.
Cuidado com fotos com janela ao fundo: a tendência é o que está no primeiro plano escurecer.
E o braço que segura o celular e sempre aparece no autorretrato?
Para Zito, é melhor abaixar um pouco o cotovelo, formando um ângulo com o braço, do que deixando-o esticado.
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