Entrevista: Sucessor de Bill Gates, leva Microsoft para as nuvens

Esta é a 1ª parte da entrevista de Ray Ozzie sobre a nova estratégia da Microsoft
O Windows Azure vai ajudar os desenvolvedores corporativos a levar o desenvolvimento de aplicações para a Web, mas ao mesmo tempo parece que vai ajudar a Microsoft a fazer o mesmo com suas aplicações.
O sr. pode falar sobre as duas propostas?
Ray Ozzie: Olhamos para as nossas propostas internas e para as tendências. Estamos cada vez mais interessados em como os serviços de internet de alta escala funcionam. E chegamos a conclusão de que há um papel para essa nova forma de computação, o computador no céu, o computador nas nuvens.
E quando isso aconteceu?
Ray Ozzie: O primeiro documento foi escrito por mim em dezembro de 2005. E não falava muito mais do que o que a Amazon estava fazendo, porque essencialmente o modelo da Amazon era o de hospedagem de um sistema operacional que já existia, mas nas nuvens.
A conclusão que nós chegamos era que havia um novo papel para este terceiro nível de computador nas nuvens (cloud computing). Mas uma vez que decidimos levar o Windows para as nuvens, essa é uma decisão onde você diz: se vamos construir aquelas APIs (application programming interfaces) para nossos técnicos internamente, vamos fazer isso para o público externo também porque eles vão encontrar os mesmos benefícios que nós.
Então o sr. diz que o Azure é diferente de apenas pegar as coisas e colocá-las nas nuvens? Como?
Ray Ozzie: Deixe-me tentar descrever. Imagine que um amigo me atire uma bola de tênis, depois duas, três e assim por diante. Cada bola que ele atirar é o que chamamos na indústria de “escalar”. Agora, pense que ele me atire 100 bolas de tênis. Há um limite no modelo de escala no caso da computação. Não vou conseguir sozinho pegar as 100 bolas.
E se como um grupo decidirmos que vamos nos dividir para agarrar as bolas? Há uma chance de adicionando mais pessoas conseguirmos agarrar as bolas. E se uma das pessoas do grupo falhar, talvez o próximo, perto dele, possa pegar a bolinha de tênis. É o que chamamos de escalar. E o sistema que estamos construindo para empresas usa este modelo.
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