Mitos e verdades sobre o uso do Google Earth

As imagens por satélite são exibidas em tempo real? Quais as diferenças da versão paga para a gratuita? Como os mapas são atualizados? Agora que o geoprocessamento foi democratizado pelo Google, saiba as respostas para essas perguntas.

Por Eduardo Freitas

Você sabia que o Google recebe mais de 10 mil sugestões por hora de usuários para correção dos mapas online?

É isso mesmo: são mais de um milhão de indicações dos internautas a cada quatro dias com correções em nomes e direções de ruas.

Com 500 milhões de usuários em todo o mundo, o Google aproveita sua experiência com o mapeamento colaborativo e o acesso simultâneo a dados para oferecer ferramentas corporativas do Google Earth e Maps.

Porém, ainda há muitas dúvidas sobre o Google Earth. As imagens são em tempo real? Quando o Google atualiza os mapas? É possível usar tudo de graça? As versões corporativas têm mapas mais recentes?

O principal mito recai sobre as imagens “online”. Séries televisivas como “24 Horas” e filmes como “Inimigo de Estado”, que mostram agências governamentais usando satélites para filmar o que está acontecendo, não passam de mera ficção.

As imagens do Google Maps e Earth são obtidas por satélites e aviões com câmeras digitais, geralmente de propriedade privada. Após a aquisição dessas fotos, o Google faz parcerias com as companhias para disponibilizar os dados.

Outra dúvida é sobre a atualização das imagens, já que o Google não disponibiliza uma previsão de quais áreas terão melhores dados. Só é possível saber que uma cidade ou área rural tem dados novos após a publicação das imagens de satélites ou fotos aéreas.

Já os dados vetoriais, como ruas e limites de bairros, são obtidos por meio de parcerias com empresas que produzem mapas.

Outro mito das ferramentas de mapas é que tudo está lá de graça. A versão free realmente está disponível para qualquer usuário fazer o que bem entender do software. Pode-se até mesmo usar a versão grátis para publicar informações e disponibilizá-las para outros internautas.

Porém, caso um aplicativo precise de login e senha para ser acessado – por assinantes de um serviço, por exemplo – aí é necessário obter uma licença profissional do Google Earth ou Google Maps.

Com a introdução de ferramentas corporativas no mercado, existem dúvidas sobre a atualização e disponibilização dos dados.

As opções para empresas têm alguns diferenciais, como a possibilidade de imprimir imagens com melhor qualidade ou de obter suporte técnico, porém a base de dados com mapas e imagens de satélites é exatamente a mesma da versão free.

O que muda na versão paga é a inclusão de ferramentas de medição de área e importação de arquivos de geoprocessamento.

Sobre o autor

Eduardo Freitas é técnico em edificações, engenheiro cartógrafo, mestrando em geoprocessamento e editor da revista InfoGEO.

Há algum tempo, a criação de modelos em 3D e sua inclusão em imagens de satélite eram temas de trabalhos acadêmicos, mas agora qualquer criança faz o mesmo usando o Google Earth. Da mesma forma que o PC democratizou a computação, o Google popularizou o geoprocessamento.

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